Cheia de Graça
Traga esses olhos, mistérios.
Ímpeto doce, disfarce sério
Da arte circense de enxergar
Como fêmea ao procriar
Não esqueça das mãos
Deslize e perfeição
O tato a mando da imaginação
Que não se pode revelar
Traga também seu corpo
Inocente e perigoso
Provoque e evoque
Os raios, queimando-a
E por fim, Mulher cheia de graça,
Traga consigo fantasia,
Poesia, loucura
Alma pura, suja
Equilibrando os desajustes imperfeitos
Que a torna perfeita:
Mulher!
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