quinta-feira, 26 de junho de 2008

Medo

Estou com medo
Do amor que desanca;
Da dor que rasgou minha estima;
Da lagrima sem origem;
Do nada que escrevo
Para justificar o eu e o mundo imundo.

Os meus olhos lacrimejam
É o pecado da razão
O mesmo que fez Eva e Adão se libertarem
O mesmo que acoroçoou Caim e Abel a divergirem
- Seria eu então Napoleão? -
São tantas coisas a serem conquistadas
E o outro – o que faço com os outros?
Se o outro eu, se perdeu no egocentrismo.
E em tantos ismo destruidores de valores,
Construtores de circunscrição.

Estou com medo
Da vida, da morte que me mata aos poucos;
Que mata a todos e ninguém a ver.
De todos que se dizem seguros;
Dos padrões, exemplos e ideologias.

Os meus ouvidos estão tapados
Mas escuto os gritos do mundo
A cabeça dói, está muito alto...
Tiros, ventos, chicotes, água!
- Seria o final cristão da nossa história encantada? –
Parece-me mais um novo capítulo do conto “cada um por si”.
Deus por todos os lados.
Estou morrendo com o imediatismo – mais um ismo contido;
Com a incapacidade de nos reconhecermos responsáveis
Por esse lugar chamado mundo.

Um comentário:

Unknown disse...

Ta tudo lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

È teu????


To copiando (com crédito, é claro!).

M@ry